Os preenchimentos de ácido hialurônico ganharam mais funções. Além de atuar repondo volume, eles também possuem efeitos de sustentação, estruturação, definição, tensão e tração.
O ácido hialurônico é um componente que já existe naturalmente em nosso organismo. Por isso, os preenchimentos são biomateriais com boa compatibilidade, boa integração ao organismo, com poucas reações e poucos efeitos adversos. Essas características fazem com que não exista limite máximo de dose, podendo-se, assim, injetar a quantidade que for necessária sem risco de toxicidade.
Trata-se de produto biodegradável, ou seja, nosso organismo produz naturalmente uma enzima que remove aos poucos o ácido hialurônico. Essa enzima é chamada hialuronidase e existe uma forma sintética que os médicos podem injetar para remover o produto em caso de necessidade. Isso quer dizer que, caso a(o) paciente não goste do resultado, é possível ser revertido com a injeção da hialuronidase. Caso haja alguma complicação, a hialuronidase também desempenha um importante papel, podendo ser utilizada para remoção do produto. Tudo isso tornou os preenchimentos de ácido hialurônico um dos procedimentos mais seguros da cirurgia plástica.
Com as modernas pesquisas e a alta tecnologia foram criados tratamentos mais sofisticados. A descrição desses novos tratamentos você encontra na seção Otimização Facial, aqui do site. Os tratamentos seguem os novos conhecimentos sobre o que determina a beleza de um rosto masculino e feminino. Saiba mais na seção Desvendando a Beleza.
Hoje existem diversas formulações de ácido hialurônico com características reológicas específicas. Foram criadas opções exclusivas para cada região do rosto, para cada profundidade (camada da face), para cada efeito desejado e para cada forma de aplicação. Essa ampla variedade permite tratamentos cada vez mais customizados, com maior segurança e melhores resultados.
Algumas das características que definem o tipo de ácido hialurônico são:
- Elasticidade do gel: conhecido como G prime, mede a rigidez do gel e sua capacidade de
resistir a deformação sob pressão. Está muito relacionado também à capacidade de lifting
(elevação ou tração) dos tecidos da face.
- Viscosidade: capacidade de dissipar energia quando sofre uma força de cisalhamento. Mede
a facilidade com que o gel flui e se espalha nos tecidos.
- Coesividade: é a capacidade das moléculas do produto se manterem unidas. Ou seja, sua
capacidade de manter a forma original.
- Força de compressão: o quanto o gel comprime as células vizinhas.
- Reticulação: também chamado de cross-link, mede a ligação entre as moléculas. É isso que
define se o ácido hialurônico vai funcionar como preenchimento ou se vai ter apenas a função
de hidratação da pele ( Skinbooster ).
- Tempo de degradação: relacionado ao tempo de duração dos resultados.
Cada formulação tem características distintas que a tornam melhores para cada área e para cada tratamento. O cirurgião plástico ou dermatologista precisa conhecer e entender em detalhes cada uma dessas diferenças para poder planejar o melhor tratamento para cada um de seus pacientes.
Os preenchedores são comercializados em seringas prontas, estéreis, de 1ml e os mais avançados possuem anestésico na formulação para garantir mais conforto na aplicação.
Os tratamentos mais avançados são conhecidos como MD Codes, Beautification, Harmonização Facial e Otimização Facial.
Houve uma grande mudança na forma como os cirurgiões plásticos e dermatologistas utilizam os preenchedores. Antigamente injetavam apenas os sulcos, rugas, olheiras e lábios e os resultados eram variáveis: algumas vezes ficavam bons, mas, em muitos casos, deixavam muito a desejar.
Atualmente, o médico não trata mais sulcos e rugas, ele trata o paciente como uma pessoa completa. É feita uma avaliação clínica, objetiva e detalhada da face e, além disso, avalia-se também a personalidade, os desejos e expectativas dos pacientes.
O médico avalia a mensagem que o rosto do paciente emite. Por exemplo, a pessoa pode estar mostrando uma cara de brava mesmo estando tranquila. Ou então, ter aparência de cansaço quando está super bem-disposta.
A ideia é trocar percepções negativas por uma mensagem neutra ou até positiva.
Alguns anos atrás, quando um paciente se queixava do sulco nasogeniano (mais conhecido como “bigode chinês”), o médico injetava o preenchimento diretamente no local. Algumas vezes, o resultado era bom. Em muitos casos, nada mudava. As novas pesquisas mostraram que o sulco é apenas um sinal de uma sequência de eventos relacionada ao envelhecimento, que aparece porque os tecidos da face “caíram” de cima para baixo e da parte lateral para o meio do rosto. Se desejamos um resultado mais consistente, precisamos tratar a causa do problema, não apenas maquiar o efeito.
Com o passar do tempo, o rosto sofre um estiramento devido à ação da gravidade, que puxa tudo para baixo. Mas não é só isso. Ocorre, também, uma redução de volume de todos os componentes da face. Por exemplo, a gordura do rosto possui uma importante função de sustentação. Existem compartimentos superficiais e profundos de gordura, e cada um deles funciona como um pilar de sustentação. É fácil notar que o rosto dos jovens tem mais volume e que, conforme a pessoa envelhece, o rosto vai perdendo volume, fica mais magro e até “esqueletizado”, dando a aparência de envelhecimento.
Os cirurgiões plásticos conhecem bem esses compartimentos de gordura porque rotineiramente realizam cirurgias, dissecam essas estruturas e podem ver diretamente cada um deles. Isso é importante para o planejamento da reposição de volume de cada um desses compartimentos, o que pode ser realizado com a injeção dos preenchimentos de ácido hialurônico.
O envelhecimento envolve a reabsorção óssea, que acontece com todo mundo, porém é mais precoce e mais evidente nas mulheres. A perda de volume ósseo também é uma importante causa do aparecimento dos sinais de envelhecimento, que pode ser compensada com a injeção dos preenchimentos em um plano profundo, sobre a superfície dos ossos.
Os músculos também perdem massa, turgor e força. Isso causa flacidez e “queda” dos tecidos da face. A perda óssea também prejudica a função muscular, porque os ossos funcionam como roldanas e alavancas para uma melhor contração dos músculos. Um músculo sem um bom suporte ósseo perde a tensão, fica frouxo e não consegue mais manter a pele e os tecidos mais superficiais em seus devidos lugares. Isso também pode ser tratado com o uso do ácido hialurônico.
Com certeza, o excesso de pele causado pelo efeito da gravidade é melhor corrigido por uma cirurgia de Face Lift. Porém, a perda de volume e de contorno dos compartimentos de gordura, dos músculos e dos ossos é melhor corrigida pelos preenchedores.
Por isso, o melhor tratamento para o envelhecimento facial é a associação de técnicas cirúrgicas com procedimentos estéticos. Somente assim o médico consegue atuar em todos os componentes que participam do processo.
O cirurgião plástico é o médico que domina todas essas técnicas e, por isso, tem uma capacidade ímpar em criar o plano de tratamento mais completo para cada caso.
Em resumo, cada tratamento tem uma função específica:
- Excesso de pele e “queda” dos tecidos: Cirurgia de Face Lift
- Perda de volume e dos pilares de sustentação: Preenchimentos
- Qualidade da pele: Bioestimuladores de Colágeno, Peeling, Laser de CO2, Microagulhamento
- Hidratação da pele: Skinbooster
- Realçar a beleza: Preenchimentos
Sabendo de tudo isso, não se espante se ao chegar para uma consulta apenas para uma injeção no bigode chinês, o médico também indicar aplicação no arco zigomático, eminência zigomática, pilar malar, região subzigomática e, por último, o bigode chinês. Em muitos casos, essa é a melhor forma de se tratar.
Outra área que tem muita procura por preenchimentos é a região das olheiras. Em certos casos, podemos injetar apenas uma seringa diretamente no local. Porém, muitos pacientes vão precisar também de tratamento da região temporal, do zigomático e da maçã do rosto.
Simplesmente porque todas essas áreas estão envolvidas na causa das olheiras e das bolsas palpebrais.
Os lábios também são campeões em número de procedimentos. Mas vale ressaltar que, em muitos casos, aumentar apenas os lábios sem harmonizar o queixo e a linha da mandíbula pode causar resultados artificiais e muito chamativos. Por isso, a avaliação do cirurgião plástico faz toda a diferença.